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Aproveitei e meti a teste vários factores para o Caminho.
O percurso em si, não é dos mais difíceis:
Duração................. 5 horas
Nível de Dificuldade.... Fácil
Distância............... 11Km
Altitude Máxima......... 68m
Desníveis acumulados.... 130m
Numero de subidas....... 1
Tipo de Terreno......... Terra batida e alcatrão
Tracei no Google Earth o percurso efectuado:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ3pAOxgAA_66bdIYb1sOWuBP0OHrRBTJ8hCOiV5dQ5dNkmKMymI6LyQdJ9YQfn-MaOa4tHaFpn2M0zRgTC0Yu8BW5yYjRAf6V-SNBwi-v4d6rzvO0QvJo6iKpxC00vHM6E0Hm3eDUK4w/s200/Map1.jpg)
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Parece muito pouco quando comparado com as etapas do Camino. Mas, num verão com pouco calor, ontem o tempo decidiu aquecer, e a certa altura quase que me fez desejar um pouco de chuva em vez de tanto calor. Felizmente na maioria dos locais sentia-se uma brisa leve. Afinal de contas, é a zona da Ericeira, terra do vento! Mas mesmo assim, torrei.
O percurso é variado, muito verde, por campos totalmente cultivados, com uma paisagem em que se vê muito pouca estrada, atravessando apenas dois curtos troços de alcatrão, e terminando na zona ao pé da praia.
Inicialmente, seguimos o percurso do rio, sempre com vegetação alta a acompanhar-nos, por vezes, passando por túneis de canas e arbustos que quase escondem o caminho.
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Num ponto, temos que atravessar o rio, que nesta altura tem um caudal bem baixo, o que nos obriga a testar a verdadeira impermeabilidade das botas. Ò para a Ana do nosso grupo a ver se as delas aguentam :)
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O percurso faz-se por campos totalmente cultivados, em que por vezes temos que ter cuidado para não tropeçarmos em nenhuma abóbora! Durante toda esta fase do percurso, apenas encontrámos três agricultores e uma pessoa a fazer o percurso de BTT.
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A junção da zona agrícola tipicamente saloia com a zona de praia faz-se por um curto troço de estrada em que teremos que atravessar uma ponte e passar por umas casas da população local, em que se viam nas casas as portas da sala completamente abertas, deixando entrar por toda a casa um relaxante cheiro a eucalipto. Que inveja!
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A chegada à foz do Lizandro (ou Lisandro), que descreve um "S".
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Das imensas vezes que já estive na praia do Lizandro, sempre olhei para o outro lado, para as escarpas, e sempre desejei dar por ali uma caminhada, pois deveria ser espectacular. E é!
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O troço que liga a praia da Foz do Lizandro à praia de São Julião é todo em rocha, à beira mar.
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Quase a chegar ao destino. O Miguel, o nosso guia, sempre ávido por contar histórias que já lhe sucederam e as histórias e lendas locais ao longo do percurso. Aqui, a contar a lenda de S. Julião.
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Ainda não digeri bem os resultados do teste. Fui completamente equipado para a caminhada como se fosse para o Caminho. Fiz a mochila, pesei-a, levei a roupa do caminho, chapéu, tudo.
As coisas começaram a correr para o torto na noite anterior, quando fiz a mochila pela primeira vez. Tal como suspeitava, 40 litros é muito pouco! As sandálias tiveram que ficar de fora, levando umas havaianas em vez delas. Isso deixou-me muito triste. Mais ainda, quando ao conversar com o Miguel, o guia da caminhada, ele me disse que se encontrasse percursos de alcatrão no Caminho, para usar esse tipo de sandálias e nunca as botas. Bem... mas ainda há muitos melhoramentos a fazer na mochila. E alguns erros cometidos também, como levar o saco de cama super-leve na parte de baixo e não em cima.
Outro problema que tive foi o da garrafa de água. Ok... coube tudo na mochila, mas e os snacks e uma garrafa de água de litro e meio? Tive que tirar algumas coisas para caber a garrafa. Acho que vou ter mesmo que comprar um cantil. Até porque é bastante chato estar sempre a tirar e abrir a mochila sempre que se quer beber água.
Durante a caminhada, com o sol e calor que estavam, usar o chapéu protege realmente, mas antes de ir para o Caminho, acho que vou à máquina com pente 2, ou perto... É um calor!! Definitivamente vou com o cabelo muito curtinho.
A mochila com o sistema "ventilight" que não deixa encostar às costas, é realmente um grande ponto positivo. A única coisa que se sente na mochila é mesmo o seu peso, e apenas a longo prazo, como no dia seguinte, como agora! Dói-me os ombros, pernas e ombros. Ah e também me dói os ombros. De resto, não tenho absolutamente queixa nenhuma da mochila. Não posso levar a mochila mais pesada. Depois digo o peso final da mochila, mas não está acima dos 7Kg. Já disse que me doíam os ombros?
As botas comportaram-se lindamente. Usei apenas as meias de caminhada da Decathlon. Perguntei ao guia sobre o conselho das meias finas e meias grossas por cima, e ele disse-me que para além de ser quente demais, seria apenas aconselhado para meias "normais". Para meias de caminhada, ao escolher umas com o indicador de calor o menor possível e eliminação de humidade o maior possível, não se teria muitos problemas, desde que o pé se adapte à bota e não ande por lá a boiar. Hoje olhei para os meus pés, e não sei se é para ficar um pouco preocupado. A bota direita sempre custou mais a adaptar desde o início, e a única lesão é mesmo uma feridazita no tornozelo direito, da parte de dentro, devido à fricção. É uma coisa minúscula, mas numa caminhada prologada de 30 dias...
O Miguel usava um bastão telescópico. É bastante prático, pois quando não se pretende usá-lo, pendura-se na mochila e ficamos com as mãos livres. Mas ainda não desisti de ir com um de madeira!
A caminhada foi uma experiência positiva em todos os aspectos, e espero fazer muitas mais. Éramos um grupo pequeno, de seis pessoas, por isso tivemos oportunidade de conviver mais pessoalmente uns com os outros, e no final ainda ficámos um pouco a conversar e a beber umas jecas na esplanada do "Gota d'Alcool" na praia de S. Julião. Foi muito bom conhecer pessoas diferentes com diferentes experiências e que partilham o mesmo gosto por caminhadas, viagens e até fotografia. Deram-me tantas dicas para futuras viagens... :)
No final, para estragar a queima das calorias, ainda dei uma volta pela Ericeira, com paragem obrigatória no Galiota para uma tosta de galinha com alho. Para quem conhece o Galiota, não se assuste, foi MEIA tosta :)
No final, para estragar a queima das calorias, ainda dei uma volta pela Ericeira, com paragem obrigatória no Galiota para uma tosta de galinha com alho. Para quem conhece o Galiota, não se assuste, foi MEIA tosta :)
1 comentário:
A parte que gostei mais foi mesmo o Galiota...
Caminhadas... enquanto não me esquecer da última não me quero imaginar nessas andanças. Mas fazes bem.
Imagino que o passeio tenha sido fantástico pela paisagem.
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